Repostado da TVNET.
Os não crentes estão a organizar-se para fazer frente ao poder das religiões .
Em Janeiro de 2008 os ônibus londrinos apresentavam uma campanha no mínimo diferente. Os cartazes diziam "Provavelmente não existe Deus. Por isso pare de se preocupar e aproveite a vida.". A primeira campanha publicitária atéia do Reino Unido foi financiada por doações de contribuites anônimos, uma coleta que foi superior às expectativas, nos primeiros dois dias recolheram 65.000 euros para custear a publicidade.
Esta semana é a vez de Washington nos Estados Unidos estrear uma campanha atéia. Os ateus são cada vez mais um grupo organizado e com voz própria. Mas na América não é fácil assumir que se nega a existência de Deus. O biólogo Richard Dawkins afirmou mesmo que "a situação dos ateus hoje em dia na América é comparável com a dos homosexuais há 50 anos". O seu ensaio “O espelhismo de Deus” vendeu 1,5 milhões de exemplares.
2 comentários:
Caro Daniel,
Em uma busca por blogs ateus, após cansar minha vista decifrando os argumentos dos blogs do Felipe Aquino e da Associação Cultural Monfort, deparei-me com sua magnífica obra. Primeiramente, parabéns pelo seu trabalho e por sua coragem de expor tais opiniões em um país como o nosso.
Eu já havia lido sobre essa campanha dos ônibus na "Revista da Semana", e mais uma vez me indignei com o que a turma de Dawkins (ou Hawkins? :=P) anda aprontando. Será que os "novos ateus" não entendem que estão agindo com o mesmo sectarismo das instituições as quais dizem atacar? A liberdade de crença é um direito, se me permite, sagrado, e querer fazer campanhas de convencimento para que as pessoas se tornem atéias é contraditório. Vejam-se aqueles pastores que vivem pregando nos trens, nas estações e em outros lugares até encherem nosso saco!
Por isso que me tornei um ateu materialista, e não humanista: considero esta uma posição arrogante, a qual coloca o homem no centro do Universo, sendo que somos uma titica até mesmo nesta imensa Terra. Lembrando que o próprio Freud disse que a pessoa que se sente pequena diante da natureza não é religiosa, e sim irreligiosa, pois não procura superar essa pequenez, como faz o crente. Dawkins e sua turma de humanistas esquecem-se de que a moral foi também feita por homens e que de Nietzsche a Foucault se contestou a universalidade e a eternidade de quaisquer regras. Não que eu ache que não devemos ter respeito pelos seres humanos, mas tomar o homem como medida de todas as coisas significa esquecer que ele é apenas a ínfima ponta de um iceberg chamado UNIVERSO.
Agradeço a atenção, e comunique-se comigo sempre que quiser! Lerei seu blog com mais freqüência! Abraços!
fiszuk@hotmail.com
Ah, por sinal, deixa eu esclarecer uma coisa, que me veio agora na cabeça. Minha rejeição pelo proselitismo não exclui a vontade que tenho de ver as pessoas não-religiosas organizadas em organizações políticas ou de outra natureza a fim de defender interesses próprios. Exemplo: fazer pressão nos governos e parlamentos a fim de difundir a tolerância religiosa e a aprovação do aborto, das células-tronco, da união homossexual etc.
PS: Fico feliz que seu blog não seja como o do Felipe Aquino, no qual os posts geralmente não aparecem de imediato, nunca aparecem ou são apagados...
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